quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Religião e Paganismo #1

Religião e Paganismo, mas não seriam a mesma coisa os dois?! Bom, de acordo com os parâmetros modernos...Não. Então irei tratar como Religião e Paganismo os relatos a respeito.
É muito comum as pessoas dizerem hoje que diversas religiões modernas são meras cópias de paganismos antigos, rituais e coisas do gênero. E não estão errados, porém eles estão errados quanto à forma de apresentarem tais argumentos. Dizer que a religião catól
ica não é nada além de uma cópia, ou de que a religião Islâmica também copia preceitos de diversas outras culturas, não é algo que os fiéis iriam concordar. Ao invés disto, faça uso do "Sua religião possui diversos fatores semelhantes às religiões pagãs antigas, talvez elas não estivessem erradas no todo, e talvez futuramente nossas religiões atuais venham a se tornar uma única religião..."
Mas isto é objeto de discussão para o FUTURO. E neste post e nos demais, pretendo tratar APENAS do passado das religiões e do paganismo. Então...MÃOS À OBRA!

Retirado da Obra: "O Livro de Ouro da Mitologia" de Thomas Bulfinch.

A LENDA DE BEOWULF


Não, não é desse homem 3d saradão que eu venho a me referir...
É de outro Beowulf...Alguém mais heróico, e que segundo a história dinamarquesa realmente existiu, porém algumas coisinhas foram aumentadas(ah vá, é mesmo?!)

"Embora o manuscrito que contém o poema épico de Beowulf tenha sido escrito, aproximadamente, — no ano 1000 de nossa era, o próprio poema já era conhecido há séculos, tendo sido composto pelos menestréis que recitavam os feitos heróicos do filho de Ecgtheow e sobrinho de Hygelac, Rei dos Geats, cujo reino ficava na atual Suécia Meridional.
Em sua infância, Beowulf deu provas de grande força e coragem, que o levaram, depois de adulto, a libertar Hrothgar, Rei da Dinamarca, do monstro Grendel e, mais tarde, seu próprio reino do feroz dragão que lhe infligiu um ferimento mortal. Beowulf conquistou fama vencendo muitos monstros marinhos, quando nadou durante sete dias e sete noites, antes de chegar ao país dos fineses. Ajudando a defender a terra de Hetware, matou muitos inimigos e, mais uma vez, mostrou suas qualidades de nadador, levando ao seu navio as armaduras de trinta de seus perseguidores, que matara.
Tendo-lhe sido oferecida a coroa de seu país natal, Beowulf, então muito jovem, recusou-a, em favor de Heardred, filho da rainha, ainda criança, de quem se tornou guardião e conselheiro, até que ele pudesse governar sozinho. Durante doze anos, Hrothgar, Rei da Dinamarca, sofreu as conseqüências das devastações praticadas em seu país por um monstro cruel, Grendel, que era encantado, não podendo morrer por qualquer arma construída pelo homem, morava nas terras desertas e que, certa noite, saiu para atacar o palácio de Hrothgar, aprisionando e matando muitos de seus convivas.
Sabendo, pelos marinheiros, das sanguinolentas expedições de Grendel, Beowulf partiu, com quatorze companheiros decididos, para prestar ao rei sua valiosa ajuda. Ao desembarcar na costa dinamarquesa, foi tomado por espião, mas conseguiu convencer os guardas que o deixassem passar e foi acolhido prazerosamente por Hrothgar. Quando o rei e sua corte foram dormir, à noite, Beowulf e seus companheiros ficaram sozinhos no palácio. Todos, com exceção de Beowulf, adormeceram. Grendel entrou e matou um dos companheiros de Beowulf adormecido, mas o jovem, embora desarmado, lutou com o monstro e, graças a sua força prodigiosa, conseguiu arrancar-lhe o braço. Mortalmente ferido, Grendel retirou-se, deixando um rastro sangrento, desde o palácio até o seu covil. Tendo perdido o temor de outro ataque por parte de Grendel, os dinamarqueses voltaram ao palácio, e Beowulf e seus companheiros foram abrigados em outro lugar. A mãe de Grendel foi-se vingar do ferimento fatal sofrido por seu filho e levou consigo um nobre dinamarquês e a pata do monstro que ficara no palácio.
Seguindo o rastro sangrento, Beowulf foi liquidar a mãe do monstro e, armado com sua espada Hrunting, chegou à beira dágua, mergulhou e nadou até um aposento no fundo do mar. Ali enfrentou a mãe de Grendel, matando-a com uma velha espada que encontrou na caverna marítima. Perto estava o corpo de Grendel. Beowulf cortou-lhe a cabeça e levou-a como troféu ao Rei Hrothgar. Grande foi o regozijo no palácio e maior foi a acolhida a Beowulf, quando regressou à sua terra, onde lhe foram concedidos muitos bens e altas honrarias. Pouco depois, o rei menino Heardred foi morto na guerra com os suecos, e Beowulf sucedeu-lhe no trono.
Durante cinqüenta anos, ele reinou em paz. Depois, um dragão, furioso porque lhe fora roubado seu tesouro, colocado em um túmulo, começou a devastar o reino de Beowulf. Como Grendel, esse monstro saía de seu covil à noite para pilhar e devastar. Beowulf, agora um idoso monarca, resolveu lutar sozinho contra o dragão. Aproximou-se de seu covil, de onde saía um vapor fervente. Sem se intimidar, avançou, gritando um desafio. O dragão saiu, lançando fogo pela boca, e investiu contra Beowulf, furioso, quase o esmagando nesse primeiro ataque. Tão terrível foi a luta que todos os homens que acompanhavam o rei, com exceção de um só, abandonaram-no e fugiram para salvar a pele. Wiglaf permaneceu ao lado do velho rei, cuja espada foi despedaçada por nova investida do monstro, que cravou as garras no pescoço de Beowulf. Correndo para participar da luta, Wiglaf ajudou o herói já moribundo a matar o dragão.
Antes de morrer, Beowulf nomeou Wiglaf seu sucessor no trono e ordenou que suas próprias cinzas fossem colocadas em um santuário, no alto de um rochedo, junto ao mar. Seu corpo foi queimado em uma grande pira funerária, enquanto doze homens rodeavam o túmulo cantando, para manifestar seu pesar e lembrar as proezas do bom e grande homem, Beowulf."

Hail the Gods, Hail our heroes, logo eu volto postando mais histórias sobre heróis, deuses e coisas afins!

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